Entretenimento

Lorena Simpson
De olhos abertos para o futuro
Por José Carlos Silva
Fotos Divulgação

Ela é nova, determinada e sabe o que quer da vida. Canta e vem fazendo sucesso nas pistas. Trata-se de Lorena Simpson uma cantora com cara de menina, porém amadurecida e pronta para continuar brilhando na sua carreira.  A música “Can't stop loving you” gravada junto com o DJ Filipe Guerra foi o primeiro passo para explodir nas pistas e quem espera que Lorena seja uma cantora de um verão derrapou feio. Já está na ponta da agulha outra canção que tem tudo para se tornar mais um hit. Ganhadora do prêmio de melhor cantora na categoria internacional, Lorena Simpson nessa entrevista falou sobre o rumo da sua carreira, o orgulho de passear na house music, a qualidade musical dos DJs brasileiros e muito mais.  

Como tudo começou?
Como bailarina aos 11 anos de idade. Sempre gostei de cantar, mas tinha vergonha. Depois de aulas de canto, de cantar para os amigos e algumas apresentações para o publico, fiz o teste em uma produtora e lá gravei meu primeiro single.

Como surgiu sua parceria com Filipe Guerra?
Recebi o convite para colocar a voz em uma produção do Filipe que sairia numa coletânea de house music, achei incrível a idéia, gravamos e nasceu ‘Can't Ctop loving you’, nosso primeiro single em parceria.

O porque da house music?
O primeiro single que gravei foi ‘Feel da Funk’, uma faixa dance pop sem público explicitamente direcionado, logo depois veio à parceria com Filipe, que acabou direcionando a história para house music.

Como foi a entrada nas pistas gays?
Os DJs tocaram muito ‘Can't stop loving you’ e foi sucesso de pista. Graças a eles, ao público que recebeu a música muito bem e a todos envolvidos no trabalho, eu recebi o convite de cantar ‘Can't Stop’ na Bubu (casa noturna de São Paulo), e logo depois em várias outras em outras cidades do Brasil. Sou muito grata a todos os DJs que tocaram e tocam minhas músicas. Eles fazem parte do show!

Você acabou se tornando uma referência musical no universo LGBT, porém uma boa parte do público hetero desconhece seu trabalho. Existe algum projeto para que suas músicas sejam unificadas em todos os segmentos?
A ideia é fazer músicas para todos os gostos!  A música “Dreams” já teve um diferencial e pretendo lançar músicas com outras sonoridades!

Você tem receio de sofrer preconceito (no meio musical) no futuro, por ter iniciado e ter dado sequencia na carreira como cantora da house music?
Nenhum! Tenho orgulho de começar como cantora de house music!

Você acha que levantar a bandeira da house music pode caracterizar como cantora de uma só vertente musical?
Levantar bandeiras não nos limita a ser só o que defendemos! Hoje eu amo e trabalho com a house music, mas também amo cantar outros estilos.

Existe alguma vontade de atacar em outra vertente musical como, por exemplo, a MPB?
Sim, tenho vontade de explorar outros estilos, mas não mudar totalmente. Adoro MPB, mas não é muito a minha!

A carreira para cantora da house music no Brasil tem futuro?
O mercado cresceu bastante de uns tempos para cá o que é ótimo para quem trabalha com e-music, creio que todos nós do meio trabalhamos para construir futuros promissores.

Como você vê a expansão das cantoras brasileiras de house nas pistas? Você acha que é um modismo?
Vejo como um ponto positivo. É bacana ver o crescimento da cena! Já achei que fosse modismo, mas não vejo problema, pois a moda muda e quem anda com a moda muda junto com ela!  Eu desejo que tenhamos ótimos profissionais e grandes artistas para enriquecermos a cena a cada dia!

Como você analisa a qualidade dos nossos DJs? Quais são os tops do momento em sua opinião?
A qualidade dos nossos DJs é ótima. Saber comandar a pista não é fácil e os brasileiros arrasam! Temos muitos DJs bons, mas posso destacar Filipe Guerra, Felipe Lira, Robix, Duda Santos.

Suas músicas têm grande aceitação no exterior e é tocada por diversos DJs internacionais. Está em seus planos fazer uma carreira internacional?
Minha carreira internacional está em construção, se é que posso dizer assim. Os singles tocam pelo mundo. Já fiz shows no México e vamos ver daqui pra frente o que pode acontecer.

Como é Lorena Simpson fora dos palcos?
Sou uma pessoa simples, desço do salto, faço coisas do dia a dia, academia, aulas, não sou super "baladeira", adoro praia, tranquilidade, meu cachorro, meu boy magia, guloseimas, internet e angry birds.

Como é o processo de criação de uma música e a concepção de um show?
São processos diferentes e complexos. A música pode começar pela ideia da letra, pela melodia ou pela base instrumental. O show depende muito, depois de ver referências sigo minhas vontades e instintos para definir as ideias, depois apresento para o coreógrafo, conversamos muito sobre, testamos coisas e o show vai nascendo!

De que forma que você acha que sua música contribui para o segmento LGBT?
O público se identificou com as músicas, quando converso com fãs, muitos contam que minhas músicas são especiais por algum motivo, seja de um relacionamento amoroso, ou alguma história marcante na vida deles. Acho que a música tem disso, a verdade de muitas letras acaba narrando estórias reais.

Quais seus projetos para esse ano?
Depois de muitos shows por todo Brasil, agora estou me preparando para minha nova turnê, vem músicas novas por aí, clipe novo e muitas outras novidades! Muito trabalho e dedicação sempre!